Ui. Tanto tempo. É quase uma década. Ao ler algumas das coisas escritas por aqui, fiquei nostálgico.
Finalmente li os quatro primeiros volumes da saga Duna. Os três primeiros da Relógio d'Água e o quarto em formato eBook da Aleph. Ainda faltam dois... Isto se se considerar apenas os do cânone do Frank Herbert. Gostei da tradução, tanto a portuguesa como a brasileira. E vi o novo filme. Muito interessante.
O mesmo não posso dizer da saga Fundação do Isaac Asimov publicada pela Saída de Emergência. O primeiro volume, Fundação, está tão cheio de gralhas e erros de tradução que nem sei como pode ter saído assim para o mercado. No entanto o problema não fica por aqui, pois no Fundação e Império as gralhas e corvos também abundam. Só no terceiro volume, Segunda Fundação, a coisa começa a melhorar, mesmo assim contendo erros que uma boa revisão teria retirado. À quarta leitura, Limites da Fundação, deixei de ligar, tendo lido o último volume, Fundação e Terra, na tradução brasileira da Aleph. Fui comparando as traduções brasileiras com a portuguesa nos outros volumes e também com o original, para concluir que estavam a parsecs de distância, para melhor entende-se, da portuguesa. É triste.
É caso para perguntar o que faz a pessoa cujo nome está nos créditos dos livros como revisora do texto. Assina de cruz? É que os ditos tomos não são propriamente baratos.
Dito isto, e tirando algumas ideias datadas no primeiro volume que agora nós fazem sorrir (ele é facas atómicas e máquinas de lavar atómicas por exemplo), fiquei com pena de ter chegado ao fim da saga. Queria mais.
Depois disto voltei-me para outro portanto da literatura: Ursula K. Le Guin. Reli (em boa verdade foi quase leitura nova) Os Despojados. Da Saída de Emergência. E não sei se foi por ser ainda da editora Saafa Dib, mas o certo é que só encontrei duas gralhitas numa tradução sem falhas.
Voltei-me agora para o resto do ciclo do Ecuménico da escritora começando pel'O Mundo de Rocannon na tradução de Eurico da Fonseca da Argonauta. Como ele era o Fittipaldi das traduções, aparecem algumas aberrações na tradução (Clayfolk por Barreiros, por exemplo) e uma linha inteira não traduzida (isto só no prólogo). Já era merecida uma nova tradução deste e dos outros livros do ciclo Hain para português. A escritora merecia e nós agradecíamos.
Bom, já vai longo este post e não falei do Homero e de um livro que me fez ler a Ilíada e a Odisseia e adquirir mais uns quantos de autores gregos e latinos. Falo d'O Infinito num Junco da Irene Vallejo. Sublime.