Já não sei quando começou o meu interesse pelo cinema. Talvez tenha sido nessas sessões de quarta-feira à tarde onde víamos todo o tipo de filmes e sobretudo, com uma frequência certa. Pois, porque já nem actualmente consigo ver um filme por mês no cinema quanto mais todas as semanas!
Foi em 1977 que estreou o filme que viria a despertar a imaginção de várias gerações de jovens (e não só). “A Guerra das Estrelas”. Foi um impacto grande. Pôs-nos todos a falar de robôs, de naves espaciais, espadas laser, planetas distantes, galáxias distantes...
Deve ter sido por isso que o cinema dito de ficção-científica passou a fazer parte do meu universo de preferências fílmicas. Acho mesmo que de forma dominante. A partir dessa altura quase tudo o tinha a ver com viagens espaciais e quejandos, passou a estar na mira do meu radar. E não foram só filmes claro. Os livros também tiveram a sua quota parte. Mas voltando às sessões de cinema.
Nessa altura vi um filme que mostrava como seria Nova Iorque em 1997, “Escape from New York” no original (“Nova Iorque 1997” em português). O seu realizador: John Carpenter. A partir daí fiquei fã do ‘rapaz’. Uma das coisas que sobressai neste filme é a banda sonora. E aqui meus amigos, surpresa das surpresas o próprio Carpenter é um dos autores da música.
E não só da música deste filme como da maioria dos seus filmes, sendo por exemplo marcante em “Halloween” e “Assalto à 13ª Esquadra”. Voltando a Nova Iorque, o filme tem um personagem de culto, Snake Plissken interpretado por Kurt Russel: "The name's Plissken", responde ele ao polícia que o interroga quando este o trata por ‘snake’. Já no fim a frase inverte-se ao responder que o nome é Snake, consequência se calhar da sua ida e regresso aos infernos, ganhando a liberdade e colocando-se moralmente acima de qualquer um daqueles que o rodeiam naquele momento.![]()
Praticamente vi todos os seus filmes, apesar que nem todos serem uniformes qualitativamente, o seu estilo é inconfundível. Algures nesse tempo vi também outro filme estranho, no sentido em que não se parecia nada com os que até então tinha visto. Eu devo ter sido aliás um dos poucos que nos anos 80 não viu esse famoso filme de extraterrestres de nome “E.T.”. Na realidade vi outro ‘ET’ que por essa altura também teve a sua estreia em sala com o título português de “Veio de Outro Mundo”, no original “The Thing”. Isto era algo de diferente. Mistura de terror com ficção-científica, deixava-nos encostados à cadeira com suores frios pelas costas.
Entretanto fui vendo quando podia os outros filmes dele. Uns gostava mais, outros menos. Mas uma coisa é certa: o Carpinteiro tem conseguido manter uma carreira coerente ao longo destes anos. Com uma certa uniformidade nos temas dos filmes que faz e na espectativa que eles sempre trazem. Ele é um daqueles realizadores que me fazem levantar o rabo do sofá e ir ao cinema vê-lo. Mesmo quando ‘os críticos’ não lhe abonem muito a favor. É assim. Eu prefiro ver e julgar por mim próprio, quando gosto do estilo ou da obra de determinado realizador. E John Carpenter faz parte desse grupo.
Apenas um última nota. Ainda não vi do princípio ao fim o “Halloween”... mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa...
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